quarta-feira, 8 de junho de 2011

Indústria de Explosivos

O amoníaco produz-se industrialmente utilizando-se os gases azoto, N2, e hidrogénio, H2, como matérias-primas. A síntese do amoníaco é representada pela equação química:

N2 (g) + 3H2 (g) → 2NH3 (g)

Em 1909, o químico alemão Fritz Haber descobriu um processo de produção de amoníaco que veio revolucionar o desenvolvimento da insdústria de fertilizantes.
O engenheiro químico Carl Bosch transformou o processo de Haber num processo industrial capaz de produzir milhares de toneladas de amoníaco por ano.



Fritz Haber (à esquerda) e Carl Bosch (à direita)


Até então, a produção industrial de amoníaco envolvia o uso de matérias-primas que eram caras e pouco abundantes. Haber e Bosch tiveram o mérito de desenvolver a produção industrial do amoníaco com base no azoto existente na atmosfera.

A Primeira Guerra Mundial foi o grande motor do desenvolvimento das fábricas de amoníaco na Alemanha pois a industria alemã de explosivos necessitava, com urgência de uma alternativa ao nitrado do Chile para a produção de acido nítrico.
À época da I Guerra Mundial, 1914, várias fabricas estavam em operação, e a produção de amoníaco serviu para a produção de nitratos explosivos, cuja fácil disponibilidade fez com que a guerra se alastrasse por muito tempo, causando uma destruição até então sem precedentes.

O ácido nítrico (derivado do amoníaco) é utilizado para a produção da maioria dos explosivos (compostos nitrados) de uso militar (nitrocelulose, nitroglicerina, trinitrotolueno, nitroguanidina, nitro pentaeritritol).

José Cerveira

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